Reflexões a altas horas
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
M.S.T.
2 Comentários:
Nada mais verdadeiro..
Um dia li em qualquer sítio que somos contagiosos e vivemos para sempre.. E a verdade é essa: somos contagiosos e vivemos para sempre! Porque estamos irremediavalmente contagiados pelos bocadinhos que nos vão deixando como herança, tanto os que partem para a eternidade, como os que se afastam de nós ainda nestas coordenadas.. e esses bocadinhos, não nos pertencendo, acabam por ser muito daquilo que somos, o que nos foi dado e o que vamos dar.. portanto nada do que é importante se vai perder verdadeiramente..
12:01 da tarde
um certo dia, estava eu à espera do comboio em Budapeste, quando esbarrei com um estranho. Esse húngaro, depois de alguns dedos de conversa, começou a falar sobre as origens da língua húngara e a dizer que era mais parecida com a japonesa do que com as restantes, e nossas conhecidas, línguas de raiz indo-europeia. Para eles, não existem palavras como "tenho", ou "meu". Em vez de dizerem "eu tenho uma coisa", na língua deles, a mesma frase significaria "essa coisa existe". Que é algo que faz muito mais sentido - e é mais fiel à realidade... e quando eu lhe disse isso ele acrescentou "existe, para ti"...
o mundo (universo?) não me pára de surpreender por me levar ao encontro de tanta coisa e gente interessante...
2:32 da manhã
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